domingo, 29 de maio de 2011

DÉCIMO FICHAMENTO (Obrigada,meu DEUS!!!)

Células-tronco em odontologia.
Soares A. P. ;  Knop L. A. H. ;  Jesus A. A. ; Araújo T. M. Células-tronco em odontologia, Rev. Dent. Press Ortodon. Ortop. Facial vol.12 no.1 Maringá Jan./Feb. 2007.

A perda dentária e dos tecidos periodontais pode resultar em movimento dos dentes remanescentes, dificuldade na mastigação, fonação, desequilíbrio na musculatura e comprometimento da estética dentária e do sorriso, comprometendo a auto-estima. Atualmente existem diversas terapias para substituição dos órgãos dentários, todas elas baseadas em técnicas não-biológicas e sujeitas a falhas26. Apesar desta condição ser uma anormalidade comum e não ameaçar a vida do paciente, esforços têm sido dirigidos para o desenvolvimento de mecanismos para a utilização de células-tronco na reposição de tecidos bucais.”(p.1)
“Células-tronco são definidas como células indiferenciadas com grande capacidade de auto-renovação e de produzir pelo menos um tipo celular altamente especializado. Existem duas categorias de células-tronco: as células-tronco embrionárias pluripotentes e a linhagem de células unipotentes ou multipotentes, denominadas células-tronco adultas, que residem em tecidos diferenciados.”(p.4)
“Inúmeros estudos têm isolado células altamente proliferativas, derivadas da polpa dentária.Constatou-se que tais células são multipotentes e possuem a capacidade de auto-renovação e de diferenciação em diversos tipos celulares. Foi observada uma conversão fenotípica destas células, através da expressão de proteínas adiposas (PPARg2, sigla do inglês peroxisome proliferator activated receptorg2, e a lipoproteína lipase), após o estímulo por um meio de cultura com alto potencial indutivo adipogênico. Ademais, as células-tronco da polpa dentária expressaram nestina e proteína glial fibrilar ácida (GFAP, sigla do inglês glial fibrilar acid protein), que são marcadores de precursores neurais e células gliais, respectivamente.”(p.7)
Existem evidências de que células-tronco de dentes decíduos são similares àquelas encontradas no cordão umbilical.”(p.8)
“Pesquisas demonstraram que células-tronco da polpa requerem um meio indutor apropriado e um arcabouço composto por hidroxiapatita/tricálciofosfato para induzir a formação de osso, cemento e dentina in vivo.”(p.9)
Os marcadores para as células-tronco são de extrema importância, pois estas células residem em diferentes locais dentro do tecido.”(p.10)
 É possível que as células-tronco da polpa humana e do ligamento periodontal estejam associadas com a microvasculatura. Atualmente são utilizados os seguintes marcadores microvasculares, para localização de tais células: STRO-1 (marcador de células do estroma), Fator Von Willebrand e CD146 (molécula da superfície de células endoteliais). A expressão da telomerase celular em tecidos normais parece estar associada à presença de células-tronco. Técnicas de detecção in situ dessa ribonucleoproteína têm a possibilidade de atuarem como marcadores celulares.”(p.10) 
Fibroblastos isolados a partir da polpa dentária foram cultivados em matriz composta por fibras de ácido poliglicólico e, após 60 dias, exibiram celularidade similar à encontrada na polpa humana normal, indicando que esta matriz apresenta boas propriedades para a bioengenharia.”(p.14)
Alguns autores demonstraram ainda que a regeneração da polpa induzida por hidróxido de cálcio é mediada pela sinalização Notch célula-célula. Os resultados foram consistentes para afirmar que esta sinalização controla o destino de células-tronco provenientes da polpa, durante a regeneração da mesma.”(p.16)
Em um estudo in vitro2, células-tronco mesenquimais obtidas da medula óssea de ratos foram isoladas e induzidas a se diferenciarem em células condrogênicas e osteogênicas através de estímulo com fator de crescimento tumoral (TGF-b1). As mesmas foram encapsuladas em duas camadas de matriz composta por hidrogel de polietilenoglicol, moldadas em forma de côndilo de humanos. Esses moldes de acrílico foram implantados em dorsos de ratos imunodeficientes. Foi observada a formação de uma estrutura condilar após 8 semanas da implantação. Tal achado representa uma ferramenta útil para um futuro desenvolvimento de côndilos mandibulares através da engenharia tecidual.”(p.28)
Em outra pesquisa, células-tronco mesenquimais provenientes de porcos foram isoladas, cultivadas em matriz de ácido poli-dl-láctico-coglicólico e incubadas por 10 dias em meio de cultura com suplemento osteogênico. Posteriormente a este período, as amostras foram transplantadas para defeitos ósseos mandibulares induzidos cirurgicamente e após 6 semanas realizou-se a análise histológica, clínica e radiográfica. Observou-se que os defeitos foram preenchidos com um tecido denso, semelhante ao osso, apresentando osteoblastos, osteócitos, vasos sanguíneos e osso trabeculado.”(p.29)
Pesquisadores observaram que células dentárias no estágio de botão, obtidas de ratos recém-nascidos, cultivadas in vitro durante 6 dias e transplantadas para dorsos de ratos imunocomprometidos, apresentaram resultados ótimos na formação de coroas dentárias maduras, com características muito semelhantes aos dentes formados naturalmente.”(p.36)
“Existe um grande avanço nos experimentos com células-tronco adultas provenientes de tecidos bucais. O seu fácil acesso e o fato de não serem órgãos vitais constituem um atrativo para testes de praticidade e viabilidade de técnicas da bioengenharia.”(p.37) 

Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-54192007000100006&lang=pt

NONO FICHAMENTO

Conhecimentos e práticas em saúde bucal com crianças hospitalizadas com câncer.Barbosa A. M.I; Ribeiro D. M. ; Teixeira A. S. C. Conhecimentos e práticas em saúde bucal com crianças hospitalizadas com câncer, Ciênc. saúde coletiva vol.15  supl.1 Rio de Janeiro June 2010.


As doenças bucais constituem atualmente um importante problema de saúde pública, não somente devido à sua alta prevalência, mas também pelo seu impacto em nível individual e coletivo, em termos de dor, desconforto, limitações sociais e funcionais, o que afeta a qualidade de vida do indivíduo.”(p.3)
“A odontologia baseada na promoção de saúde a uma população infantil específica, como pacientes acometidos pelo câncer, tem papel fundamental no restabelecimento da saúde geral e, consequentemente, na qualidade de vida dessas crianças.”(p.7)
Dos óbitos por neoplasias na infância, as leucemias representam a maior causa, sendo responsáveis por 39% das mortes na Europa e por 50% nas Américas, Oceania e Ásia. O declínio observado, em diversos países, nos coeficientes de mortalidade por neoplasias em menores de 15 anos parece ser devido, em grande parte, ao aumento da probabilidade de sobrevida para a maioria dos casos com tumores infantis, ou seja, ao acréscimo na porcentagem de crianças vivas com neoplasias após um determinado período de tempo, em decorrência de diagnósticos mais precoces e maior sucesso nas intervenções terapêuticas (radioterapia, quimioterapia, cirurgia, transplante de medula óssea). Os recentes avanços no uso dos medicamentos quimioterápicos e o emprego de esquemas combinados de drogas permitiram elevar a sobrevida de crianças com neoplasias, particularmente as diagnosticadas hematológicas.”(p.9)
Durante o tratamento antineoplásico, as alterações na cavidade bucal alcançam maior gravidade, pois tanto a quimioterapia quanto a radioterapia não diferenciam as células neoplásicas das células normais .”(p.14)
Os principais efeitos colaterais da quimioterapia são a mucosite, a xerostomia temporária e a imunodepressão, possibilitando infecções dentárias ou oportunistas. Observam-se também hemorragias gengivais decorrentes da plaquetopenia e distúrbios na formação dos germes dentários quando a quimioterapia é administrada na fase de odontogênese .”(p.15)
Dentre os desconfortos mais frequentes neste estudo, constatou-se a "dor na mucosa" (mucosite), em virtude da presença de ulcerações.Observaram que durante a terapia, 81,82% tiveram a mucosa bucal comprometida por ulcerações, sangramento gengival e candidíase, no entanto, observaram uma menor prevalência de manifestações bucais nos portadores de leucemia na infância; 17,64% de lesões ulceradas e 11,76% com gengivite.”(p.34)
“Sabe-se, na prática da odontologia, que os hábitos adquiridos pelas crianças para a promoção de saúde bucal se estabelecem através da observação das práticas de prevenção da mãe. As crianças cujas mães têm pouco cuidado apresentam forte tendência a também desenvolver poucos cuidados29, tornando-se um ponto chave no processo de prevenção .”(p.41)
É importante ressaltar que apesar de ser considerado um antimicrobiano altamente eficaz, o uso da clorexidina deve ser recomendado apenas nos casos em que o paciente não consegue realizar a higiene bucal. Como qualquer outro agente antimicrobiano potente, deve ser administrada somente sob supervisão profissional e possui efeitos colaterais quando utilizada por longos períodos. Exemplos desses efeitos colaterais são: pigmentação dos dentes, descamação do dorso da língua, sensibilidade oral (ardência) e alteração da gustação após algumas horas.”(p.46)
“Mediante tal afirmação, os participantes do estudo foram questionados sobre a importância da participação efetiva de um cirurgião-dentista, em ambiente hospitalar, para que medidas de promoção de saúde fossem tratadas com prioridade.”(p.47)
Dessa forma, é de fundamental importância que se estabeleça um protocolo de cuidados com a higiene bucal de crianças hospitalizadas com câncer, uma vez que as mesmas encontram-se vulneráveis nesse período. A presença de um cirurgião-dentista na equipe médica parece reforçar a preocupação em minimizar os danos provenientes do tratamento oncológico e pode, a partir de suas atribuições e habilidades, ser um agente ativador de mudanças em educação para a saúde.”(p.59)

 Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232010000700019&lang=pt

OITAVO FICHAMENTO

Mecanismos patogênicos da doença periodontal associada ao diabetes melito.Alves C. ; Andion J. ; Brandão M. ; Menezes R. Mecanismos patogênicos da doença periodontal associada ao diabetes melito, Arq Bras Endocrinol Metab vol.51 no.7 São Paulo Oct. 2007.

 

“A doença periodontal é o processo inflamatório que ocorre na gengiva em resposta a antígenos bacterianos da placa dentária que se acumulam ao longo da margem gengival. A placa é um biofilme constituído por bactérias, proteínas salivares e células epiteliais descamadas (5). Sua manifestação inicial é a gengivite, caracterizada por hiperemia, edema, recessão e sangramento gengival. Se não tratada precocemente, ela pode evoluir para periodontite. Uma das primeiras alterações clínicas causadas pela periodontite é a perda de inserção dos tecidos periodontais que suportam e protegem o elemento dental com formação da bolsa gengival. Com a superfície dentária livre do epitélio protetor, ocorre acúmulo de placa bacteriana e destruição dos tecidos pela proliferação de microorganismos patogênicos (6). A doença periodontal grave afeta estruturas mais profundas, causando reabsorção das fibras colágenas do ligamento periodontal, reabsorção do osso alveolar, abscessos, aumento da profundidade das bolsas, maior mobilidade dentária e perda de dentes (7).”(p.4)
“Diversos fatores associados ao DM podem influenciar a progressão e agressividade da doença periodontal: tipo de diabetes (mais extensa em diabetes melito tipo 1), idade do paciente (aumento do risco durante e após a puberdade), maior duração da doença e controle metabólico inadequado (3,8).”(p.5)
“Uma vez que a microbiota periodontal em pacientes com DM é similar à de não-diabéticos (bactérias gram-negativas anaeróbicas como Actinobacillus, Bacteróides e Porphyromonas) (5), outros fatores, tais como hiperglicemia e anormalidades da resposta imune do hospedeiro frente às infecções bucais, parecem ser os responsáveis pela maior prevalência desta complicação em diabéticos (9,10).”(p.6)
“Simultaneamente, a infecção periodontal, condicionada por células fagocitárias com monócitos, pode induzir a um estado crônico de resistência à insulina, contribuindo para o ciclo de hiperglicemia. O acúmulo dos AGEs aumenta a trilha clássica da destruição tecidual, resultando em doença periodontal mais grave e em maior dificuldade de controlar a glicemia do diabético (9).”(p.12)
“A saliva é o principal fator de defesa da boca. Alterações na sua qualidade e quantidade afetam a saúde oral. No DM, as principais alterações encontradas na saliva são hipossalivação e alteração da sua composição, principalmente aquelas relacionadas à elevação dos níveis de glicose, potássio, cálcio, magnésio, proteínas, alfa-amilase, IgA, IgG e maior atividade da peroxidase (19,20).”(p.16)
“A hipossalivação pode ocorrer como resultado de neuropatia autonômica, doença microvascular, hiperglicemia, uso de agentes hipoglicêmicos e pH ácido (21). Esse distúrbio é freqüente em pacientes diabéticos, podendo causar úlceras, queilites e língua fissurada (19). A xerostomia ou sensação de boca seca se diferencia da hipossalivação por não apresentar redução do fluxo salivar.”(p.17)
“A maior quantidade de glicose na saliva e líquido gengival crevicular estimula o crescimento bacteriano, reduz a capacidade dos fibroblastos em promover a cicatrização e aumenta a produção de ácido lático, reduzindo o pH e diminuindo a atividade tampão da saliva, os quais são fatores de risco para cárie e doença periodontal (22).”(p.18)
“Em diabéticos, a atividade dos neutrófilos polimorfonucleares está modificada devido à diminuição da quimiotaxia, aderência, fagocitose e destruição intracelular, o que diminui a capacidade imunológica e a resposta inflamatória desses pacientes (22,23). Estas alterações são causadas, em parte, pela hiperglicemia e acúmulo de AGEs, que provocam ativação contínua dos polimorfonucleares (resposta hiper-inflamatória) com ativação espontânea da cadeia oxidativa e liberação da mieloperoxidase, elastase e outros elementos dos grânulos neutrofílicos (22).”(p.21)
Desde que a DP passou a ser reconhecida como doença eco-genética, deve-se considerar também o efeito de fatores externos como alterações locais e uso de medicamentos que causam impacto na estrutura do tecido conjuntivo periodontal e na gengiva (33).”(p.25)
O fator de crescimento de fibroblastos (FGF) tem a expressão do seu fator básico alterada nos pacientes diabéticos devido aos altos níveis de glicose, gerando inibição do crescimento das células do ligamento periodontal (9). A fibronectina (sinalizador para as células do ligamento periodontal entre o meio intra e extracelular) sofre alterações devido aos elevados níveis de glicose, ocasionando mudanças morfológicas e morte das células desse ligamento; além disso, ocorre diminuição da resposta quimiotática das células do ligamento periodontal para o fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF) (9). Esse pode ser um dos fatores que levam à dificuldade de cicatrização em pacientes diabéticos e à causa da destruição mais grave na doença periodontal (9).”(p.29)
O diabetes melito está relacionado a diversas alterações que podem predispor à doença periodontal. Dentre elas, destacam-se as alterações bioquímicas, como produção de AGES, hiperglicemia intracelular gerando distúrbios nas vias do poliol, alterações na saliva, distúrbios imunológicos, como redução da função dos neutrófilos e aumento da produção de citocinas e mediadores inflamatórios, alterações genéticas que aumentam a probabilidade de desenvolvimento da doença periodontal e lesões teciduais, como comprometimento do metabolismo do colágeno, aumento da permeabilidade vascular e espessamento da membrana basal capilar.”(p.36)
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302007000700005&lang=pt


SÉTIMO FICHAMENTO

MicroRNAs – Biogênese, funções e seu papel potencial na carcinogênese oral.
Amaral B. A. ; Nonaka C. F. W. ;Freitas R. A. ;Souza L. B. ; Pinto L. P. MicroRNAs – Biogênese, funções e seu papel potencial na carcinogênese oral, Odontol. Clín.-Cient., 9 (2) 105-109, abr./jun., 2010
“A expressão dos miRNAs se apresenta desregulada em diversos processos patológicos, incluindo o câncer. A localização dos genes miRNA em sítios frágeis do genoma e as marcantes variações na expressão destas moléculas em diversas neoplasias provêm evidência circunstancial para a participação dos miRNAs na etiopatogênese tumoral.”(p.3)
“A biogênese dos miRNAs inclui sua transcrição no núcleo celular, exportação para o citoplasma e subsequente processamento e maturação 32.Na maioria dos casos, a transcrição dos genes miRNAs é mediada pela RNA polimerase II 30,uma enzima que também é responsável pela transcrição de genes que codificam proteínas.”(p.7)
“Os RNAm silenciados pelos miRNAs se acumulam em compartimentos no citoplasma, denominados corpos de processamento.Estes são ricos em enzimas que podem promover deadenilação, decapamento ou degradação do RNAm.Embora os RNAm também possam ser temporariamente estocados no interior destas estruturas.A compartimentalização do RNAm nos corpos de processamento constitui um mecanismo importante no controle do processo de tradução.”(p.12)
“Como os miRNAs afetam a expressão gênica, estes RNAs representam moléculas importantes na manutenção do equilíbrio entre oncogenes e genes supressores tumorais.Alguns miRNAs promovem a proliferação celular e inibem a apoptose,ao passo que outros determinam diminuição da sobrevida e da proliferação celular.”(p.20)
“As alterações na expressão dos miRNAs podem ser secundárias ao próprio fenótipo tumoral. Schmittgen (2008) destaca que a expressão aumentada ou diminuída da enzima Drosha e/ou Dicer pode determinar aumento ou redução global, respectivamente, na expressão dos miRNAs. Até o momento, dados sobre o papel potencial das alterações na expressão destas enzimas em cânceres são inconsistentes.Apesar dos relatos de aumento nos níveis de Dicer em tumores malignos,outras pesquisas revelam expressão reduzida ou nenhuma alteração nos níveis desta enzima.”(p.40)
“Um único miRNA pode regular vários genes-alvo diferentes e, assim, controlar simultaneamente processos celulares  distintos, como a proliferação e a apoptose.Dessa forma, determinados miRNAs podem atuar como supressores tumorais em certos cânceres e oncogênicos em outros. Por exemplo,apesar de o grupo miR-17-92 ser caracterizado como oncogênico,a região cromossômica onde este grupo se localiza geralmente é deletada em carcinomas hepatocelulares.Com isso, a função dos miRNAs pode, em última instância, depender do microambiente especí?co de determinado tipo celular, o qual provê diferentes repertórios de genes-alvo.”(p.41)
“Ao longo dos últimos anos, os miRNAs têm-se consolidado como componentes importantes no intrincado processo de regulação da expressão gênica. Embora a expressão desses pequenos RNAs esteja alterada em diversos cânceres, o papel dos  miRNAs  na  tumorigênese  ainda  não  é  completamente conhecido. Evidências indicam que os miRNAs podem atuar como oncogenes ou supressores tumorais. Contudo, a função dos miRNAs pode depender do microambiente específico de determinado tipo celular, o qual provê diferentes repertórios de genes-alvo.”(p.46)
Fonte: www.cro-pe.org.br

SEXTO FICHAMENTO

APLICAÇÕES DA BIOLOGIA MOLECULAR NA ODONTOLOGIA:CONCEITOS E TÉCNICAS
SILVA F. B. ; SOUSA S. M. G.      APLICAÇÕES DA BIOLOGIA MOLECULAR NA ODONTOLOGIA:CONCEITOS E TÉCNICAS, vol.  14  nos 2  jul./dez.  2002.

“Na área odontológica, a biologia molecular tem proporcionado o diagnóstico precoce da cárie dental, da doença periodontal e do câncer bucal. Além disso, a saliva atualmente está sendo usada no diagnóstico de doenças bucais e sistêmicas, e os marcadores genéticos, aplicados na identificação das demais neoplasias presentes no complexo maxilofacial.”(p.2)
“A microbiologia bucal é essencial para a identificação e caracterização de vários microrganismos envolvidos nas infecções bucais. A bolsa periodontal tem cerca de 300 espécies diferentes de bactérias.”(p.21)
“Com o seqüenciamento, provavelmente será possível a modificação das bactérias que causam doenças bucais. A determinação do genoma bacteriano permitirá ao dentista pesquisar e compreender melhor a função celular desses organismos responsáveis pelo início da cárie dental e da doença periodontal.Na terapia endodôntica, os profissionais serão capazes de desenvolver geneticamente te-cido pulpar dentro do canal para crescer e preencher a câmara. Será possível, também,a regeneração da perda de tecido ósseo alveolar, de tecido gengival e de cemento, proporcionando, assim, um ótimo nível de saúde periodontal.”(p.22)
“Tem sido evidenciado que genes específicos estão alterados no câncer bucal. Muitas das proteínas desses genes podem ser detectadas por técnicas de imunohistoquímica, servindo como marcadores de lesões com alto risco de progressão para doença maligna. A maioria dos genes e proteínas desregulados no câncer bucal está associada à proliferação celular.”(p.26)
“Acredita-se que o mapeamento do genoma e a clonagem de genes para síndromes de câncer fornecerão informações importantes a respeito dos mecanismos de carcinogênese e dos processos biológicos fundamentais. O diagnóstico pré-sintomático de membros familiares com risco de câncer e a possibilidade de intervenções genéticas são outras metas importantes desses estudos.”(p.29)
“Os carcinomas espinocelulares na cavidade bucal constituem a maior proporção de cânceres de cabeça e pescoço e umas das principais causas de morbidade e mortalidade mundial. Os genes supressores p53 e Rb estão freqüentemente.”(p.33)

QUINTO FICHAMENTO

CANCER BUCAL E SUA CORRELAÇÃO COM TABAGISMO E ALCOOLISMO
SILVESTRE J. A. O. ; JERONYMO D. V. Z. CANCER BUCAL E SUA CORRELAÇÃO COM TABAGISMO E ALCOOLISMO, Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 2, nº1, julho de 2007


Câncer: doença agressiva, destrutiva, com capacidade para se
desenvolver em outra região, podendo ser distante da região de origem do tumor
(metástase), palavra que designa tumor maligno (INCA, Brasil, 2002).
O câncer bucal é uma doença grave,com crescente aumento no número
de casos sobretudo na região Sul do país e que na maioria das vezes, quando é
detectada se encontra em estagio avançado (GREIN, 2001).”(p.2)
“O tipo de câncer corresponde ao tipo de célula do corpo. Quando tem
início em tecidos epiteliais (pele ou mucosa, é denominado Carcinoma. Se iniciar
em tecido conjuntivo (osso, músculo ou cartilagem), denomina-se Sarcoma.
Outra diferenciação dos vários tipos de câncer é a velocidade com que as
células se multiplicam e sua capacidade de invasão de tecidos, órgãos vizinhos
ou distantes (metástases) ( INCA, 2002).”(p.10)
“O câncer pode ser causado por fatores externos (substâncias químicas,
irradiação e vírus), relacionados ao ambiente, e aos hábitos e costumes sociais e
culturais e por fatores internos (hormônios, condições imunológicas e mutações
genéticas, ligadas à capacidade de defesa do organismo às agressões
externas). Causas internas ou externas podem relacionar-se na origem de um
câncer (INCA, 2002).”(p.11)
“Câncer bucal é uma denominação que engloba o câncer de lábio (extraoral,
principalmente pela exposição aos raios ultra violeta da luz solar e tabaco,
geralmente no lábio inferior) e cavidade oral (mucosa bucal, gengivas, palato
duro, língua e assoalho de boca). Acomete, principalmente, tabagistas,
aumentando consideravelmente os riscos de incidência quando o indivíduo, além
de tabagista, é também alcoolista (CARVALHO, 2003).”(p.15)
“O tabagismo e o etilismo, quando associados, aumentam em muito o
risco de aparecimento do câncer bucal. Embora o seu início se dê pela ação
de múltiplos fatores, os trabalhos relatam que o câncer bucal atinge ainda mais
homens do que mulheres, apesar deste quadro estar sendo alterado pelo
aumento do número de mulheres tabagistas e etilistas.”(p.29)
“O câncer bucal preocupa os profissionais de saúde, em especia,l os
odontólogos, com relação à sua prevenção, devido ao grande número de
pacientes (cerca de 60%) já chegarem aos hospitais credenciados apresentando
os estágios III e IV da doença e cujo tratamento já não será curativo (INCA,
Brasil, 2002).”(p.30)
“Os estudos apontam o etilismo como o segundo fator ambiental causador
do câncer bucal, (principalmente nos casos de câncer de língua e assoalho de
boca), ainda que não esteja associado ao tabagismo.”(p.36)
“Nos artigos pesquisados sobre o câncer bucal, vários fatores de risco
foram analisados, entre eles: tabagismo, etilismo, dieta, predisposição genética,
fatores traumáticos, envolvimento viral. Tendo cautela com as limitações
metodológicas encontradas nestes estudos, fica evidente a atuação do tabaco e
álcool etílico como fatores de risco. Levando-se em conta o alto número de
tabagistas e etilistas na população brasileira, e que a maioria dos indivíduos com
câncer bucal já chega em estágios avançados para procurar tratamento, não
restam dúvidas de que o câncer bucal é um problema de saúde pública,
merecendo assim, uma maior atenção por parte de governantes e profissionais
de saúde, já que a prevenção, além de ter um baixo custo, ainda dá ao indivíduo uma elevada chance de cura.”(p.40)
Fonte: http://www.unicentro.br - Ciências da Saúde

QUARTO FICHAMENTO

A genética em transformação: crise e revisão do conceito de gene.

Joaquim L. M. ; El-Hani C. N. A genética em transformação: crise e revisão do conceito de gene. Sci. stud. vol.8 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2010.

                                                                                                                    
"A definição de gene encontrada no glossário associado ao pgh pode ser considerada conservadora, na medida em que constitui um claro exemplo de uso do conceito molecular clássico.2 De acordo com a definição, o gene é uma unidade hereditária que possui estrutura, função e localização definidas. Essa concepção sobrepõe o conceito mendeliano de unidade hereditária ao conceito molecular clássico (cf. Fogle, 1990), atualizando em termos moleculares, desse modo, uma visão sobre a existência de uma unidade básica da herança particulada que é anterior ao próprio conceito de gene, sendo encontrada, por exemplo, no uso que Mendel fez de termos como "fator".”(p.6)
“Os desafios mais importantes ao conceito molecular clássico surgiram a partir de pesquisas em organismos eucariotos. Mesmo com todo o sucesso que a pesquisa em procariontes teve em desvendar os mecanismos de controle e regulação da célula, a partir da década de 1970 uma série de estudos mostrou que os genes em organismos eucariotos são distintos em aspectos fundamentais daqueles encontrados nas bactérias. Diferentemente do DNA das bactérias, o DNA dos eucariotos está armazenado no núcleo, onde ocorre a transcrição, enquanto a tradução do RNA originado a partir do DNA tem lugar no citoplasma, mais precisamente nos ribossomos. Essa diferença entre procariontes e eucariotos pode parecer simples a um olhar menos atento. Entretanto, ela promove um significativo aumento em número e complexidade das etapas dos processos envolvidos na ação gênica. O RNA entra em cena como um elemento atuante em diversas dessas etapas, permitindo a ocorrência de uma imensa gama de processos de controle celular que incidem sobre rnas.”(p.15)
Sequências de DNA podem ser transcritas em mais do que um transcrito de RNA primário e, consequentemente, em diferentes mRNAs chamados de isoformas de transcritos, as quais podem ser produzidas de várias maneiras, por exemplo, mediante o uso de diferentes locais de início de transcrição (transcription start sites, tss), ou usando regiões promotoras de loci gênicos completamente diferentes. Há também o fenômeno de trans-splicing, no qual ocorre a ligação de duas moléculas de RNA separadas em um único transcrito maduro, as quais podem ter sido originadas de fitas de DNA opostas, ou até mesmo de cromossomos diferentes. Adicionalmente, são também conhecidos cerca de 200 tipos diferentes de modificações pós-traducionais. Todos esses achados colocam dificuldades adicionais para a ideia de uma relação 1:1:1 entre gene, produto gênico e função. Nas seções seguintes, examinaremos resultados empíricos mais recentes que trazem ainda mais desafios ao gene molecular clássico.”(p.36)
A complexidade da expressão gênica está especialmente relacionada ao grande número de processos vinculados à regulação. Entre as dificuldades que os processos regulatórios acarretam para as noções simples de função gênica está, como já mencionamos, a própria distinção entre genes estruturais e regulatórios.”(p.38)
“Os microRNAs e siRNAs não se distinguem pela sua composição química ou pelos seus mecanismos de ação, mas podem se distinguir quanto à sua origem ou quanto aos genes que silenciam, isto é, cuja expressão inibem. Os microRNAs derivam do DNA, enquanto os siRNAs podem derivar do DNA ou de transposons e vírus.”(p.40)
“O número de micrornas identificados continua crescendo. Pesquisadores estão explorando o funcionamento dos microRNAs e caracterizando a especificidade dos tecidos em que são encontrados, assim como as atividades de moléculas individuais de microRNAs. Mudanças nos níveis de micrornas têm sido correlacionadas com muitas doenças. Muitos trabalhos estão em andamento sobre os efeitos de expressões (baixas ou altas) de microRNAs específicos ao longo do desenvolvimento e na inibição de doenças, principalmente câncer, doenças do coração, desordens neurológicas, diabetes, entre outras (cf. Glaser, 2009).”(p.43)
Outra implicação é que, em eucarioto, um gene pode não estar em um locus gênico discreto, ou seja, suas sequências codificantes podem estar espalhadas pelo genoma. Afinal, a definição não restringe os loci dos éxons que se combinam para codificar o produto final. Portanto, eles podem estar em diferentes fitas de um cromossomo ou mesmo em cromossomos separados e, ainda assim, pertencer ao mesmo gene. Para essa definição, o gene é um conjunto de sequências compartilhadas pelos produtos, não sendo necessário que essas sequências estejam conectadas, assim como sequências vizinhas podem, por sua vez, não fazer parte do mesmo gene.”(p.72)
O termo "gene" é hoje usado na pesquisa genética não mais para referir-se a uma única entidade, mas como uma palavra de grande plasticidade, definida pelo contexto experimental em que é usada. Os genes tornaram-se objetos epistêmicos, como argumenta Rheinberger (2000). Uma série de descobertas sobre os genes e os processos de expressão gênica dificulta a interpretação do gene como unidade de estrutura e/ou função. Frente à complexidade do genoma e da maquinaria celular, a proposta de uma relação de 1:1:1 entre um gene, um produto proteico e uma função mostra-se insustentável.”(p.86)
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-31662010000100005&lang=pt

TERCEIRO FICHAMENTO


Os polimorfismos dos receptores adrenérgicos na insuficiência cardíaca: o que a genética explica?Pereira S.B. ; Gava I. A. ; Gira C. ; Mesquita E. T. Os polimorfismos dos receptores adrenérgicos na insuficiência cardíaca: o que a genética explica?Arq. Bras. Cardiol. vol.94 no.6 São Paulo June 2010.

Os recentes avanços da biologia molecular têm facilitado a incorporação na prática clínica de testes que avaliam os polimorfismos na área cardiovascular. Um dos exemplos é o warfarin, com a aprovação do FDA na utilização de teste laboratorial rápido para a detecção dos polimorfismos CYP2C9 e VKORC1, no intuito de guiar a estratégia de anticoagulação oral1. Recentemente, também houve a aprovação do uso do bucindolol na IC em conjunto do teste genético para avaliação do polimorfismo Arg389Gly, o qual determinará os respondedores a este tipo de beta-bloqueador.”(p.4)
Experimentos realizados em ratos revelaram que a variante Arg se relaciona a uma maior e melhor sinalização em estágios agudos, mas que cronicamente torna-se reduzida, com menor capacidade de ligação do receptor. Esses mesmos estudos demonstraram que essa variante está relacionada a uma melhora da atividade hemodinâmica e da função ventricular em resposta ao beta-bloqueio, o que evidencia a importância de tais estudos para o desenvolvimento de terapias mais eficazes e personalizadas15. ”(p.20)
Conforme descrito anteriormente, o alelo Arg389 tem uma maior atividade estimulatória sobre o sistema simpático enquanto o alelo Gly389 apresenta aumento do down-regulation como um efeito protetor à atividade simpática aumentada na IC. Portanto, diversos estudos foram desenvolvidos para verificar se há uma correlação entre os polimorfismos de beta 1 e a suscetibilidade à IC. Na maioria desses estudos não se conseguiu encontrar diferenças estatisticamente significativas nas frequências isoladas dos alelos Arg389 e Gly 389 em pacientes com IC quando comparado com controles.”(p.25)
Muitos estudos investigaram uma possível associação entre insuficiência cardíaca e os polimorfismos dos receptores beta 2 adrenérgicos, e diferentes resultados foram descritos na literatura. Sabe-se que a proporção entre receptores beta 1 e beta 2 é de 80 para 20 em corações sadios. No entanto, na IC, essa proporção é de 60 para 40, o que indica que o polimorfismo de beta 2 pode modificar a progressão da doença11.”(p.47)
“De modo geral, acredita-se que o uso de técnicas de biologia molecular, associado aos critérios morfológicos e clínico-laboratoriais convencionais, deverão permitir o diagnóstico mais preciso e, consequentemente, o entendimento mais aprofundado da fisiopatologia das doenças cardíacas.”(p.72)
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2010000600019&lang=pt

SEGUNDO FICHAMENTO


Análise citogenética em material de abortamento espontâneo

ROLNIK D. L. ; CARVALHO M. H. B. ; CATELANI L. P. M. ; PINTO A. P. A. R. ;LIRA  J. B. G. ; KUSAGARI N. K. ; BELINE P. ; CHAUFFAILLE M. L. Análise citogenética em material de abortamento espontâneo Rev. Assoc. Med. Bras. vol.56 no.6 São Paulo  2010


“Apesar de todos os avanços da Obstetrícia e da Genética nas últimas décadas, o abortamento continua sendo intercorrência frequente na gestação. Desafiador para os profissionais destas áreas e angustiante para os pais, principalmente em casos de perdas recorrentes. Grande parte dos abortamentos de primeiro trimestre são devidos a cromossomopatias11. As anormalidades cromossômicas foram evidenciadas em 55,4% dos produtos de abortamento avaliados neste estudo, confirmando dados prévios da literatura que demonstram que 45% a 70% de todos os abortamentos de primeiro trimestre são decorrentes de anormalidades cromossômicas12.” (p.11)
“As poliploidias e a monossomia do X também são causas comuns de abortamento1, 14, o que foi confirmado neste estudo. Estas anormalidades, entretanto, não possuem relação evidente com a idade materna12. A escassez de dados quanto à frequência dos diferentes tipos de alterações em nosso meio suscitou o presente estudo.” (p.13)
“Em estudo semelhante no qual foram avaliados 420 produtos de abortamento estratificados pela idade materna, Stephenson et al.1 encontraram 46% de anormalidades cromossômicas. Os autores sugerem a pesquisa de outros fatores etiológicos após duas perdas gestacionais precoces com cariótipo normal, o que levaria à antecipação do diagnóstico e à introdução mais precoce de medidas terapêuticas eficazes1. A avaliação citogenética em episódios isolados permitiria identificar alterações decorrentes de erros da meiose que ocorrem ao acaso. O encontro de anormalidade cromossômica dispensaria demais investigações e levaria a uma diminuição dos custos1.” (p.16)
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302010000600017&lang=pt

PRIMEIRO FICHAMENTO


Anomalias dentárias associadas: o ortodontista decodificando a genética que rege os distúrbios de desenvolvimento dentário

GARIB D. G. ; ALENCAR B. M. ; FERREIRA F. V. ; OZAWA T. O. Anomalias dentárias associadas: o ortodontista decodificando a genética que rege os distúrbios de desenvolvimento dentário Dental Press J. Orthod. vol.15 no.2 Maringá Mar./Apr. 2010


A influência de fatores genéticos e ambientais na etiologia das más oclusões representa tema de grande importância na Ortodontia. Quanto maior a contribuição genética na origem de uma irregularidade dentofacial, menor a possibilidade de preveni-la e, como regra, pior o prognóstico de tratamento ortodôntico/ortopédico22. E os novos rumos da pesquisa em Odontologia caminham para o conhecimento do genótipo humano30. Diversos estudos sugeriram uma tendência genética e hereditária na etiologia das anomalias dentárias de número, tamanho, posição, assim como nos distúrbios de erupção. Tais evidências provêm de investigações em famílias17,18,30, em gêmeos monozigóticos20, e da observação de associações na ocorrência de determinadas anomalias.”(p.2)
“Certas anomalias dentárias aparecem frequentemente associadas em um mesmo paciente, mais do que se esperaria ao acaso. Isso se explica porque um mesmo defeito genético pode originar diferentes manifestações ou fenótipos, incluindo agenesias, microdontias, ectopias e atraso no desenvolviment. De uma maneira simplista, poderíamos dizer que um gene "defeituoso" ou mutante pode se expressar diversamente em diferentes dentes permanentes. A associação entre a agenesia unilateral do incisivo lateral superior e a microdontia do incisivo contralateral, frequentemente observada na rotina clínica, ilustra bem essa condição. Nesse caso, o mesmo defeito genético que determinou a agenesia se expressou de forma incompleta do lado oposto da arcada, ocasionando a microdontia.”(p.5)
“A genética provavelmente representa o fator etiológico primordial das agenesias dentárias. A prevalência da agenesia mostra-se elevada na família de pacientes afetados.”(p.8)
“Um interessante estudo com gêmeos mostrou um alto percentual de concordância para as agenesias entre gêmeos homozigóticos, enquanto todos os pares de gêmeos heterozigóticos mostraram discordância para a referida anomalia dentária.”(p.9)
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-94512010000200017&lang=pt