Apesar de cada dente se desenvolver como uma estrutura independente e de serem formados tipos dentários morfologicamente diferentes, o processo de desenvolvimento do dente,denominado odontogênese, é basicamente o mesmo.
Os germes dentários que são aglomerações celulares (específicas para a formação dentária), começam a se desenvolver dentro dos maxilares da criança durante a gestação. Essa formação celular que mais tarde dará origem aos dentes começa a se desenvolver a partir do trigésimo sétimo dia de vida intra-uterina.
Estes germes são constituídos de vários tipos celulares, que vão originar tecidos diferentes que irão fazer parte da composição dental. É a partir do quinto mês de vida intra-uterina que inicia-se a calcificação dos dentes decíduos (dentes de leite) e entre o primeiro e segundo ano de vida calcificam-se os dentes permanentes.
Anatomicamente podemos dividir os dentes em coroa e raiz. A raiz é a parte do dente que fica dentro do alvéolo dental (osso). Já a coroa é a parte que nós vemos quando as pessoas falam, etc.
A coroa do nosso dente é formada por 3 tecidos diferentes. O mais externo é o esmalte que reveste o dente, conferindo proteção, rigidez e brilho ao mesmo.
O esmalte é um tecido extremamente duro (o tecido mais duro que existe no corpo humano), e o que confere esta dureza ao mesmo são os 97% de sais inorgânicos que o constituem (fosfato tricálcico, sais de sódio, potássio, carbonato de cálcio, etc). Sendo que os outros 3% são formados por substâncias orgânicas tais quais: água e proteínas.
Se furarmos o dente e penetrarmos no interior do mesmo, depois do esmalte encontraremos a dentina. A dentina é outro tecido que compõe o dente. Também trata-se de um tecido muito duro, formado por 70% de substâncias inorgânicas.
Além de menos dura que o esmalte a dentina apresenta no seu interior vário túbulos os quais são preenchidos por prolongamentos pulpares e líquidos. O que justifica a dor quando temos uma cárie ou outro problema.
Mais internamente vamos encontrar uma câmara preenchida por tecido pulpar (tecido conjuntivo rico em vasos sangüíneo e nervos), tecido este que é responsável pela nutrição do dente, sensibilidade e reparo do mesmo.
Na raiz temos o cemento ao invés do esmalte, o cemento também serve para proteger a raiz e para unir a mesma ao osso,através da inserção que se dá neste cemento de várias microfibras de tecido que são chamadas de ligamento periodontal. O cemento também é formado por tecido mineral e orgânico, no entanto é bem menos duro que o esmalte.
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